"Em França a Polícia Judiciária está na Polícia Nacional"

Gérard Greneron é Secretário-geral do Sindicato Europeu dos Polícias.
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Como descreve o sistema de segurança interna francês?

Há uma força de essência civil, a Polícia Nacional (PN), e outra militar, a Guarda Nacional (Germanderie).

Quando é que o sistema francês mudou?

Em 2007, Michèle Alliot-Marie [ministra do Interior] procedeu a três reorganizações importantes nas informações, na planificação estratégica da segurança e na fixação da Guarda no Ministério do Interior. A integração efetiva da Guarda foi feita em 2009, mas o princípio já remontava a 2002, na lei de orientação e programação para a segurança interna. O presidente da República lembrou a 29 de de novembro de 2007 que o projeto não poria em causa o estatuto militar dos "guardas".

Como funciona a PJ?

A Polícia Judiciária pertence à Polícia Nacional, está sob a Direção-Geral da PN. A Guarda exerce igualmente funções de PJ. A articulação entre Polícia Nacional e GNR é geográfica. Uma está com as cidades e a outra com as zonas rurais.

Como olha para o sistema de segurança interna português?

O sistema português (PSP e GNR) é semelhante ao francês. A diferença entre os dois países é a dependência da PJ do Ministério da Justiça.

Há um plano para juntar a PSP, a PJ e o SEF. Como pode ser feito sem gerar colisão?

Todas as reformas desta importância e profundidade devem ser feitas em concertação com as organizações sindicais, que representam todos os membros das diferentes forças. Deve ser feita de forma que os funcionários das duas forças (PSP e PJ) a entendam como sendo sempre uma situação vantajosa para ambas, tendo em conta três eixos fundamentais: recrutamento, formação e remuneração. O Governo não deve nivelar tudo por baixo.

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